2010-10-18

SIMPLEGIS – uma pergunta precedida por uma nota pessoal



Uma Nota pessoal

Por razões várias, eu tenho estado afastado do JSA - e, por conseguinte, do contacto com os leitores.

Ao retomar o fio, espero reeencontrar-me com todos os amigos, afinal as pessoas que justificam a edição do “Jornal de Saúde Ambiental”, para prosseguirmos a concretização do objectivo que nos propusemos concretizar: - “contribuir para a protecção e a promoção do ambiente e da saúde. De todos”.

SIMPLEGIS

Atrás de uma dica, que me fora soprada recentemente, fui consultar o DR e confirmei a implementação do SIMPLEGIS – programa anunciado em Maio “com o objectivo de simplificar e clarificar o ordenamento jurídico português”.

No sítio do “Diário da República – Electrónico” podemos ler seguinte informação:

Estão disponíveis resumos em linguagem clara dos decretos-leis e decretos regulamentares publicados no Diário da República, em português e inglês.

Esta medida integra-se no âmbito do SIMPLEGIS e visa garantir mais acesso das pessoas e empresas à legislação
”.

Ainda sem vontade para analisar atentamente aquele programa, pergunto-me e pergunto (sem me afastar dos termos usados): - Se o Governo reconhece que é necessário publicar um resumo em “linguagem clara” dos diplomas que produz, para “garantir mais acesso das pessoas e empresas à legislação”, porque não se opta por redigir o texto dos diplomas em “linguagem clara”?

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Ilustração: Imagem recolhida em iGOV Central

2010-09-09

Greenfest – um “Presente para o Futuro”


Eu reparei no anúncio, publicado no jornal diário que leio, e decidi divulgar o festival verde apresentado como “Presente para o Futuro”. Antes, porém, por precaução, consultei o respectivo sítio.

Embora eu tenha uma severa atitude de reserva em relação a tudo quanto é anunciado como “evento”, desta vez optei por conceder o benefício da dúvida ao “maior evento de sustentabilidade do país, celebrando o que de melhor já se faz nas três vertentes: social, ambiental e económica”.

Para o que se pretende um “palco de prestígio, onde se encontram empresas e cidadãos que se preocupam com o futuro”, o Greenfest propõe-se concretizar os seguintes objectivos:

- Organizar um Festival de referência na área do Desenvolvimento Sustentável que fomente a promoção e sensibilização da população para com as preocupações ambientais;

- Divulgar iniciativas, produtos e serviços sustentáveis;

- Promover a partilha de conhecimento de forma inovadora e relevante;

- Contribuir para uma mudança de atitudes e comportamentos das comunidades
”.

A 3ª edição do Greenfest (não tomei conhecimento das anteriores, decerto que por distracção minha) decorrerá entre 10 a 17 de Setembro no Estoril.

2010-08-12

Unidades Privadas de Saúde e um dentista na barbearia


Pelos diferentes meios de comunicação social, sobretudo pela televisão, nós acompanhamos o caso de uma clínica sediada no Algarve onde quatro pessoas foram submetidas a intervenções cirúrgicas e (alegadamente) correm o risco de sofrerem lesões oculares irreversíveis. Acompanhamos, porque as notícias sucedem-se e repetem-se de manhã à noite, divulgando as mais diversas informações – por vezes contraditórias - sobre a clínica e sobre o estado de saúde das pessoas afectadas.

Aparentemente, a clínica, temporariamente encerrada para a execução de obras, não terá licença para o exercício da actividade mas funciona desde há cerca de 5 (cinco) anos – dispondo até de Livro de Reclamações emitido pela DGS, Direcção-Geral da Saúde.

O processo de licenciamento de clínicas prestadoras de cuidados de saúde e da generalidade das Unidades Privadas de Saúde é um processo moroso. A legislação é diversa e complexa.

A intervenção dos TSA no processo de licenciamento de Unidades Privadas de Saúde ocorre (normalmente) em duas fases: na apreciação sanitária do Projecto de Arquitectura e (no final da construção) na Vistoria, em conjunto com representantes da entidade licenciadora e de outras entidades (notificadas pela entidade licenciadora), para se verificar se a obra cumpriu o projecto aprovado. Por vezes, os TSA também intervêm durante o processo de Licenciamento da Actividade: avaliam as condições higio-sanitárias das instalações para a emissão pela Autoridade de Saúde do respectivo Certificado.

Ao longo dos anos eu vistoriei sobretudo consultórios e clínicas dentárias, particularmente os aderentes ao(s) programa(s) de Saúde Oral. Raramente encontrámos – eu e a colega Técnica de Saúde Oral – o incumprimento de requisitos que não fossem facilmente regularizáveis.

Mas fora de qualquer programa, há decerto mais de 20 anos eu intervim num caso que seria caricato se não fosse socialmente grave. Fomos informados que numa das freguesias do concelho havia um médico que “tirava dentes” (sic) numa barbearia… Fui lá, o barbeiro confirmou e mostrou-me o local onde o médico exercia a função: um pequeno compartimento anexo ao “Salão de Barbearia” com uma antiga cadeira de barbeiro e pouco mais mobiliário. Não precisei de falar com o médico (sem formação específica em saúde dentária). Disse ao barbeiro que ou encerrava o “Consultório” ou eu proporia à CM (a entidade licenciadora) o encerramento imediato da Barbearia….

Não sei se o médico foi posteriormente objecto de algum processo. Provavelmente não. Mas sei que a barbearia não encerrou.

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Ilustração: Fotografia por Carlos Kariz (2006)

2010-08-08

SMAE de Quelimane: uma rotura mais do que oportuna


Há cerca de 35 (trinta e cinco) anos, eu estava (em família) a almoçar no Gurué (Vila Junqueiro), na Zambezia (Moçambique), no restaurante do pequeno hotel que lá existia, quando reparei num jovem oficial da Frelimo sentado a uma das mesas. Almoçava com amigos e/ou familiares e conversava animadamente. Mas eu não gostei do facto dele estar armado, com uma pistola no cinto como se fosse um “cowboy” cinematográfico. Só as pessoas que me acompanhavam me impediram de eu ir propor-lhe que arrecadasse a pistola.

Poucos dias depois, em Quelimane, no meu local de trabalho, o contínuo foi avisar-me que eu devia ir para o átrio dos serviços admnistrativos onde iria começar uma “Sessão de Esclarecimento” promovida pela Frelimo – a primeira que se realizava nos SMAE, Serviços Municipalizados de Água e Electricidade. Demorei o máximo de tempo que pude. Quando entrei na sala já lá estavam quase todos os meus colegas e reparei que a sessão - também popularizada por “sessão de engajamento” – estava a ser dirigida pelo tal jovem revolucionário. Enquanto pensava num bom pretexto para sair dali, eu ouvi com aparente atenção as suas palavras de ordem, e, para evitar atritos maiores, sempre levantava o braço direito, com o punho cerrado, para em coro parecer gritar “Viva a Frelimo!”.

Poucos minutos depois, o operador da estação de bombagem – que, havia poucos dias, me apresentara o seu filho, militar da Felimo – foi dizer-me que havia uma rotura na rede de distribuição de água. Expus o problema ao oficial da Frelimo e disse-lhe que precisava de mobilizar uns quantos trabalhadores para nos deslocarmos ao local. Ele acedeu, apontei todos os canalizadores e o motorista e fui falar com o Director – o Eng. Peixoto Duarte, manifestamente inquieto com a situação sem saber como agir. Após alguns instantes de hesitação, tomámos a decisão mais acertada: saímos pela porta privada do seu gabinete, fomos ter com os canalizadores e todos, amontoados dentro de um jipe, fomos… para o armazém de uma mercearia, na periferia da cidade, onde (um de nós sabia) ainda se vendia cerveja. E foi em cima de uns quantos sacos de farinha, ou de rações ou do quer que fosse, que, bebendo “Laurentinas” esperámos que a sessão acabasse....

(Para tranquilidade dos leitores mais zelosos, esclareço que a rotura não era significativa e fora entretanto solucionada por outros trabalhadores.)

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Ilustração: Fotografia por Maria João Oliveira Julião, Julho de 2010.

2010-08-06

Cine´Eco: “2010 – Ano Europeu da Biodiversidade”


Até 31 de Agosto estão abertas as inscrições para os filmes a concurso na 16ª edição do Cine´Éco, Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Ambiente, que de 16 a 23 de Outubro decorrerá em Seia, na Casa Municipal da Cultura e no Centro de Interpretação da Serra da Estrela

Sob o lema “2010 – Ano europeu da biodiversidade”, o Cine’Eco contemplará vários ciclos de cinema e um diverso conjunto de actividades paralelas – conferências, workshops, exposições, concertos – que serão oportunamente anunciadas.

2010-08-04

Colheita de amostras de água : os técnicos...


Pouco tempo depois de começar a exercer a profissão comprei (em Lisboa, “em 28OUT83”, como assinalei na primeira página) o “Guia Técnico de Coleta de Amostras de Água”, de Helga Bernhard de Souza e José Carlos Derísio, editado pela CETESB, Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (São Paulo, 1977). Uma obra que consultei frequentemente para o esclarecimento das mais diversas dúvidas.

Há poucos dias, ao retirar um livro de uma das estantes que revestem as paredes do escritório, aquele veio atrás. Ao folheá-lo, detive-me na releitura do Prefácio no qual Samuel Murgel Branco justifica a edição do guia. Partilho com os leitores do JSA um breve mas curioso apontamento: - “ Até há poucos anos, em muitas das grandes cidades deste nosso imenso país, a tarefa de coletar amostras de águas a serem analisadas nos laboratórios de nosos departamentos de saneamento era confiada aos motoristas das viaturas ou funcionários ainda menos qualificados, os quais, além de nunca terem adentrado as partes de um laboratório, não tinham sequer a mínima ideia sobre o que iria ser feito com aquelas amostras. Alguns desses “técnicos” eram dotados da máxima boa vontade, como um que conheci, que evitava passar em estradas esburacadas porque a agitação dos frascos poderia matar as bactérias coliformes existentes nas amostras…

(Em Portugal, desde o primeiro dia do ano, cumprindo-se o disposto no Número 9., do Artigo 37º, do Decreto-Lei Nº. 306/2007, de 27 de Agosto, “nos casos em que a recolha de amostras não seja realizada por laboratórios nos termos definidos no número anterior”, os técnicos de amostragem devem “estar devidamente certificados para o efeito por organismos de certificação acreditados ou reconhecidos pelo IPAC” – Instituto Português de Acreditação).

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Ilustração: Fotografia recolhida em
Águas de Valongo.

2010-07-11

Vítor Neves, TSA


Na sexta-feira (10/07/09) fui jantar a Tomar, a cidade onde há uns anos, Bento Baptista, médico, defensor da sopa como “base essencial da alimentação”, dinamizou a realização do “Festival da Sopa”. O jantar foi mau, sob o aspecto gastronómico, e ainda pior quanto ao que se deve entender como alimentação saudável. Pormenores (excepcionalmente) secundários, porém, num jantar que foi tão só um pretexto para amigos e colegas de Vítor Neves, TSA, se juntarem para o saudarem na data em que se despede do quotidiano profissional.

De facto, depois de mais de três dezenas de anos de serviço no Centro de Saúde da cidade do Convento de Cristo, o colega Vítor Neves decidu aposentar-se. Ao longo desses anos encontrámo-nos frequentemente, sobretudo em reuniões de trabalho, e partilhámos em diferentes circunstâncias a aventura de contribuirmos para o desenvolvimento da função e o reconhecimento académico da profissão dos Técnicos de Saúde Ambiental.

Por motivos pessoais, não fiquei até ao final do jantar e por conseguinte não o acompanhei nas felicitações de encerramento. Todavia, antes de me afastar, assegurei que o colega Vítor Manuel Mendes Neves nos concederá uma breve entrevista na qual historiará o seu longo percurso profissional.

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Ilustração: Fotografia por Duarte d’Oliveira

2010-06-21

Dia do Sol


21 de Junho. Com o inicio do Solstício de Verão, festejamos com os leitores do JSA o Dia do Sol.

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Ilustração: Imagem recolhida em Boteco Literário

2010-05-19

Ruído: um caso de indiferença


Sabemos que o ruído é prejudicial à saúde. Também sabemos que nos locais de trabalho o serviço de SHST, Segurança, Higiene e Saúde do Trabalho, deve monitorizar o ruído e estabelecer medidas que reduzam ou eliminem a(s) fonte(s) do ruído e/ou impor o uso de EPI, Equipamentos de Protecção Individual, que protejam os trabalhadores dos riscos a que expõem. Finalmente, também sabemos que os locais de trabalho são (ou deverão ser) objecto de vigilância pelos TSA e periodicamente inspeccionados pela ACT, Autoridade para as Condições de Trabalho.

Numa reportagem publicada na revista Tabu, distribuida pelo semanário “Sol” (edição de 10/05/14), sobre o “Segredo da Cerveja”, a jornalista Sara Ribeiro escreve que na fábrica que visitou “os milhões de garrafas a circular nas várias passadeiras metálicas fazem um barulho ensurdecedor, mas os cerca de 600 trabalhadores da fábrica já se habituaram”. E acrescenta, reproduzindo o que “diz a responsável” daquela unidade industrial: - “Há quem use protectores auditivos, mas para a maior parte dos nossos colaboradores, como já trabalham cá há tantos anos, acaba por não fazer diferença”.

Apesar de não sabermos quais são de facto os níveis de ruído que se registam naquela área de linhas de enchimento, nós não entendemos como é que os anos de trabalho podem ser usados como critério para a adopção de medidas de protecção dos trabalhadores…

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Ilustração: Fotografia recolhida em ABC.News

2010-05-11

Antes da ressaca: Futebol, Fátima, Fado…


Ontem (domingo), por todo o país, pelo final do dia, milhares de cidadãos foram para a rua festejar ruidosamente um acontecimento futebolístico. É o que a televisão me mostra, hoje, desde manhã, repetida e nauseadamente.

Amanhã (terça-feira) e depois, serão centenas de milhares os cidadãos que também irão para a rua acompanhar Bento XVI na peregrinação a Fátima. Jornada que as televisões transmitirão em directo.

No final da semana, outros tantos milhares de cidadãos sentar-se-ão diante do televisor para seguirem pela televisão pública (RTP1) a sessão final do concurso para a selecção dos cantadores que participarão do espectáculo musical "Fado, História de um povo".

Futebol, Fátima, Fado.

Palavra, a propaganda (alienatória, como então diziamos) do Estado Novo não faria melhor!...

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Ilustração: Quadro de José Malhoa, recolhido em Wikipedia

2010-05-05

Consumo Racional da Água - Seminário, em Benavente


Integrado num “plano de sensibilização que (…) está a fazer junto dos clientes/utentes dos seus serviços e das comunidades escolares dos seis municípios que integram o sistema intermunicipal”, a Águas do Ribatejo promove – em Benavente, no Cine-Teatro, na próxima sexta-feira (10/05/07) - o III Seminário sobre Consumo Racional da Água.

Embora tenha como público alvo os alunos e professores da Universidade Sénior de Benavente, parceira da organização - em conjunto com a DECO, Associação Portuguesa de Defesa do Consumidor, e a QUERQUS, Associação Nacional de Conservação da Natureza - o seminário é aberto a todas as pessoas interessadas em participar.

2010-04-28

Breathing Earth. Alguns indicadores de desenvolvimento


Breathing Earth é um simulador, em tempo real, das emissões de CO2 - globalmente, por país e per capita – e do balanço demográfico, de acordo com os taxas de natalidade e mortalidade de cada país. Disponibiliza-nos informação permanente para avaliarmos – conscientes de que Breathing Earthis just that: a simulation” – o desenvolvimento do mundo diverso em que vivemos.

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Ilustração: Imagem recolhida em Portal EcoD .

2010-04-26

Berbigões e outros dias. Míticos



Há uns anos, talvez muitos, não me lembro, li, não sei onde nem como, que todos nós temos um dia mítico. O dia em que se realizarão os nossos desejos, os sonhos que não confessamos. Amanhã…

Eu confesso que não gosto do MECMiguel Esteves Cardoso, para os não-iniciados. Desde há muitos anos, desde quando litera(ta)va pela televisão e insolentemente questionou o Fernando Namora (que, entre outros textos, nos legou os “Retalhos da Vida de um Médico”). No entanto, eu leio as crónicas que diariamente publica no Público.

Quase sempre discordo do que escreve. Sobretudo quando se afasta da praia, do quiosque ou do restaurante do sítio onde mora, algures perto e longe da aldeia-grande onde também pelos jardins os pavões arrastam a cauda multicolor, luzidia… No entanto, eu penduraria nas janelas de minha casa algumas das suas crónicas. Aquelas em que expõe - e se expõe, nú – a Maria João (que muitos leitores não saberão quem é mas outros decerto lembrarão do Tempo inicial da SIC) com quem partilha o quotidiano, a aventura de viver.

Penduraria, por exemplo, “Maio” – a sua crónica de ontem (10/04/25). Porque, perdoem-me os leitores do JSA o meu tuteio mediático, eu acredito, meu caro Miguel, que vocês voltarão à Praia das Maçãs para comer “berbigões, gordos e sumarentos.

Ou outra coisa qualquer. Mas “maravilhosos”.

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Ilustração: Fotografia recolhida em "The man who blogged the world".

2010-04-15

Sismos. Monitorização online


A terra treme. E os sismos de elevada magnitude sucedem-se um pouco por todo o mundo. Esta noite (10/04/13) foi na região chinesa de Qinghai. Pela televisão já todos nós podemos aperceber-nos da dimensão da tragédia. Povoações destruídas, centenas de pessoas mortas, milhares de pessoas feridas. Cobrimo-nos de luto, com a alma exangue. Ou optamos pela indiferença, para não nos confrontarmos com a natureza – afinal, a vida.

A curiosidade ou o interesse científico move-nos para sabermos mais sobre estes acontecimentos naturais. Há poucas semanas anunciámos a realização de uma conferência em Lisboa. Hoje divulgamos um sítio susceptível de interessar aos leitores do JSA, quaisquer que sejam as suas motivações para se informarem sobre sismos.

O sítio da IRIS, Incorporated Research Institutions, permite-nos aceder a notícias, a um arquivo documental dos sismos com uma magnitude igual ou superior a 4.0 (Escala de Richter) ocorridos nos últimos 30 (trinta) dias, à análise de acontecimentos especiais, ao estudo das placas tectónicas; e, em tempo real, ao registo dos sismos. Através do Seismic Monitor.

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NC: Consulte também Painel Global, Monitoramento da Terra em Tempo Real

2010-04-13

Beja - Ciclo de conferências sobre Saúde Ambiental


Em Beja, organizado pelo Curso de Saúde Ambiental do IPB, Instituto Politécnico daquela cidade, está a decorrer um ciclo de conferências “com o objectivo central de aumentar o conhecimento em Saúde Ambiental através de “pequenas doses de grandes temas” ”.

A realização da próxima conferência está prevista para a próxima sexta-feira (10/03/16), pelas 10.00 horas, no auditório da Biblioteca Municipal, e será dedicada aos “Resíduos Perigosos”, tema que será desenvolvido por José Robalo, Sub-Director Geral da Saúde.

Depois desta intervenção Cátia Pereira, Rute Pereira e Simão Gomes, alunos da ESSIPBeja, Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Beja, apresentarão o Projecto “Campanha de Troca de Termómetros de Mercúrio”.

De acordo com o Programa, o ciclo de conferências encerrará em Julho, no final do ano lectivo.

2010-04-11

Piscinas e SPA – Conferência Internacional


O Instituto Superior de Engenharia do Porto, em conjunto com Faculdade de Desporto da Universidade do Porto e a Administração Regional de Saúde do Norte está a organizar a 4ª Conferência Internacional sobre Piscinas e SPA - “Fourth International Conference Swimming Pool & SPA – Research and Development on Health, Air and Water Quality Aspects of the Man-made Recreational Water Environment” - que decorrerá na cidade do Porto entre 15 e 18 de Março do próximo ano (2011).

Depois das conferências de Budapeste (2005), Munique (2007) e Londres (2009), será no Porto que “académicos, médicos, gestores de instalações desportivas, engenheiros e outros profissionais que investigam, projectam, gerem, operam e controlam Piscinas e Spa” de vários países, muitos “a trabalhar em entidades internacionais (Organização Mundial da Saúde, Centers for Disease Control and Prevention, Health Protection Agency, Pool Water Treatment Advisory Group, Bavarian Health & Food Safety Authority)”, se reunirão para debaterem as matérias que constam do Programa: - “Normas, regulamentos e legislação/ Riscos microbiológicos/ Riscos químicos no ar e na água/ Monitorização e avaliação/ Tratamento e desinfecção da água/ Gestão de riscos”.

Para mais informações, os leitores do JSA interessados em participar – apresentando ou não Comunicações – devem consultar o sítio da Conferência.

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Ilustração: Imagem recolhida em ABC Piscinas

2010-04-08

O Dia Mundial da Saúde. No Parque da Saúde


Todos os dias são dias de. Ontem (7 de Abril) foi dia de se celebrar a Saúde – este ano (2010) sob o lema “1000 Cidades, 1000 Vidas”.

Em Portugal, a comemoração oficial decorreu no auditório do INFARMED, Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, no Parque da Saúde, em Lisboa, e cumpriu um programa estruturalmente idêntico ao de anos anteriores.

No discurso de encerramento, Ana Jorge, Ministra da Saúde, começou por dedicar uma “uma palavra especial a todas e a todos os dirigentes” do ministério, evocou a intervenção das autarquias que têm “um papel muito importante na pedagogia do sistema de saúde que (…) deve ser feita junto dos cidadãos, de forma a assegurar um uso adequado e eficiente dos recursos públicos”, assinalou o ruído entre outras preocupações associadas a alguns problemas de saúde que as cidades geram e concluiu afirmando que “Os serviços do Ministério da Saúde enviaram a todas as autarquias um manual que pretende ajudar na implementação de Planos de Habitação e Saúde, elaborado com o apoio da OMS, e que permite fazer um diagnóstico dos principais problemas de saúde detectados em cada população, de modo a orientar as políticas de planeamento urbano e habitação, no sentido de resolver os problemas encontrados”.

Eu (ainda) não conheço o Manual, mas conheço o Parque da Saúde. Um espaço adquirido há cerca de 100 anos para a instalação de um moderno Hospital Psiquiátrico – o Hospital Júlio de Matos. Um espaço verde no centro da cidade onde actualmente (nos antigos pavilhões) estão instalados diversos serviços de saúde (e até uma estação de incineração de resíduos hospitalares…). Que são ao longo do dia sobrevoados por aviões que quase roçam os telhados na fase de aproximação ao Aeroporto da Portela. Um pormenor em que decerto repararam os participantes na sessão: o ruído é tão intenso que cala as conversas, as vibrações perturbam as pessoas mais frágeis e assustam as mais temerosas, que antecipam a tragédia se um avião cair…

O Parque da Saúde (propriedade do Ministério da Saúde) seria (é) um bom pretexto para se reflectir sobre a “gestão do ordenamento do espaço urbano”. Na generalidade, os edifícios estão velhos e degradados, os jardins ao abandono, os arruamentos (as antigas alamedas) deficientemente sinalizados, os passeios pejados de obstáculos que dificultam a movimentação das pessoas com a mobilidade reduzida…

Nos noticiários televisivos a que assisto e no jornal que leio diariamente não foi publicada a menor referência à sessão de comemoração oficial do Dia Mundial da Saúde.

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Ilustração: Imagem recolhida em AVINA

2010-04-05

O Ciclo Hidrológico da Água


Produzida por 90 Grados, a infografia digital El ciclo del agua (O Ciclo da Água) é susceptível de interessar aos leitores do JSA, sobretudo aos mais jovens, estudantes, e (eventualmente) aos professores. Porque é um bom instrumento didáctico (bilingue, em espanhol e em inglês) para se perceber o Ciclo Hidrológico da Água. Antes de se aprender a ser ecológica e socialmente responsável no Ciclo de Utilização da Água.

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Ilustração: Imagem recolhida em INRP, Institut National de Recherche Pédagogique

2010-04-01

Um campo de tremocilhas


… Ao redor de minha casa, um campo de tremocilhas (Lupinus luteus L.). Hoje, no primeiro dia de Abril, quinta feira - santa, para os cristãos (*), a três dias do Domingo de Páscoa - a Festa da Primavera, da Natureza. A Festa da Vida!…
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(*) Embora eu seja de ascendência judaica, a minha formação é (marcadamente) cristã.

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Ilustração: Fotografia por Duarte d’Oliveira (10/04/01)

2010-03-31

O ambiente dos locais de trabalho


¿Mi oficina está enferma?” (em tradução livre, “O meu local de trabalho está doente?”) é o título de um guia (com menos de uma dezena de páginas) que nos dá “a conhecer os principais problemas e algumas propostas para evitar os efeitos negativos que decorrem de passarmos grande parte do nosso tempo em espaços fechados, seja em casa ou no local de trabalho(*).

Editado pelo Departamento de Salud y Consumo do Governo de Aragão (Espanha) em parceria com a Fundación Ecología y Desarrollo, no Guia, depois de se contextualizar a problemática do síndroma do edifício doente, são tratadas (em linguagem acessível ao público em geral) as diversas questões seleccionadas - contaminação ambiental, cheiros, campos electromagnéticos, Iluminação deficiente, ruído, sistemas de aquecimento e ar condicionado, humidade relativa, ventilação, factores psicosociais –, e assinaladas algumas entidades que poderão facultar informações complementares a quem quiser “saber mais”. Designadamente aos TSA.

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(*) in Boletim Electrónico (Nº. 40) de Março, de Salud y Medio Ambiente

2010-03-30

Valença sem valência


O interior de Portugal desertifica-se. As populações emigram para as cidades, sobretudo para as cidades da costa atlântica. As causas são diversas, as consequências também.

São mínimos ou inexistentes os investimentos em infra-estruturas, não se dinamizam as actividades industrial e comercial, encerram-se serviços públicos. As crianças e os jovens frequentam escolas longe de casa, os pais procuram emprego nos grandes centros urbanos ou no estrangeiro. Ficam os velhos, os idosos - muitos ou quase todos beneficiários de reformas de baixo valor, sem capacidade financeira para assegurarem o funcionamento de pequenos estabelecimentos: uma mercearia, um café… E desenvolvem-se outros modelos de comércio e de prestação de serviços: venda itinerante de produtos alimentares (carne, mercearias e pão, peixe…); assistência social (distribuição de refeições ao domicílio, higiene pessoal e doméstica…); de cuidados de saúde (ainda escassos e apenas em algumas regiões do país)… Que atenuarão a solidão das pessoas mas não evitam o abandono nem a degradação dos lugares e das aldeias.

Não sei porquê, ou talvez saiba, na sequência das notícias sobre o encerramento do SAP, Serviço de Atendimento Permanente em Valença, lembrei-me que há pouco mais de um mês, pela noite, apercebi-me de uma viatura do INEM em manobras diante de minha casa (eu moro num desses pequenos lugares). Acendi as lâmpadas do exterior e abri a porta. Procuravam uma senhora idosa, septuagenária. Por causa de “um problema de coração” – disse-me o motorista…

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Ilustração: Fotografia recolhida em Renascença

2010-03-29

Os enfermeiros, a greve e o JSA


Compreendemos as reivindicações dos enfermeiros, nossos colegas nos Centros de Saúde. Porque são justas, nós, no JSA, expressamos publicamente a nossa solidariedade pela greve que iniciaram hoje às 14.00 horas e que se prolongará até às 08.00 horas de quinta-feira. E acreditamos no êxito das negociações com o Ministério da Saúde.

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Ilustração: Imagem recolhida em SEP, Sindicato dos Enfermeiros Portugueses

2010-03-28

O futebol, o adepto e a “Hora da Terra”


Ontem, à hora certa, apagou a luz e acendeu uma vela para iluminar a casa. Depois, sentou-se num sofá e ligou o transistor (carregado com pilhas novas) para ouvir o relato do jogo de futebol que se disputava no Estádio da Luz…

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Ilustração: Fotografia recolhida em A Bola

2010-03-23

Angola: o primeiro jornal de saúde


A publicação do “Jornal da Saúde” é a concretização de um projecto promovido pelo Ministério da Saúde e pela Ordem dos Médicos de Angola para a “divulgação do conhecimento em prevenção e cuidados de saúde”.

Com o apoio do BESA, Banco Espírito Santo de Angola, o “Jornal da Saúde” (que brevemente terá uma edição electrónica) será distribuido gratuitamente por “hospitais, centros de saúde e farmácias. hospitais, centros de saúde e farmácias”. Com um objectivo: - “contribuir para o combate aos índices de mortalidade relacionados com saúde, bem como dotar os angolanos de conhecimentos que lhes permitam adoptar um estilo de vida mais saudável e a tomar decisões mais conscientes”.

Necessariamente, também para “democratizar o acesso à informação médica e contribuir decisivamente na melhoria das condições de vida dos cidadãos angolanos”.

2010-03-21

Não sujar, mas…


Ontem (10/03/21), véspera do Dia da Árvore, milhares de pessoas – desde o cidadão anónimo a Cavaco Silva, Presidente da República - sairam de casa para “Limpar Portugal”. Apesar da chuva que caíu em algumas regiões, sobretudo durante a manhã, foram recolhidas dezenas de toneladas de lixo que foram transportadas com a colaboração do governo (*) para ecocentros e/ou aterros sanitários.

Em casa, acompanhei as notícias pela televisão e num apontamento de reportagem ouvi o Presidente da República sugerir uma outra acção – creio que “Vamos não sujar Portugal” – que me lembrou uma antiga questão: - Porque razão se suja Portugal?

Há uns anos, a Isabel e o Pedro decidiram dedicar um fim de semana a limpar a arrecadação de casa. No final, encheram a mala do carro e ocuparam o banco de trás (protegido por uma velha cortina de chuveiro) com um televisor avariado e sem reparação, duas cadeiras partidas, um balde com ferrarias várias e até uma caixa de cartão com jornais e revistas já com as páginas amarelecidas. Depois percorreram mais de uma dezena de quilómetros para depositarem o lixo no ecocentro mais próximo. Quando chegaram, encontraram o portão encerrado – e, desiludidos, optaram por depositar a tralha junto do portão. Disse-me a Isabel: - “Ainda bem que ninguém nos viu, senão ainda teriamos de pagar alguma multa….”.

Algures no norte do país, porque o contentor estava cheio e o autocarro se aproximava, a senhora depositou o saco do lixo (doméstico) no chão, embora junto do contentor. Procedimento que não escapou à vigilância de um polícia que circulava no local. Zelosamente, o agente da autoridade citou-lhe a lei e aplicou-lhe uma multa de algumas centenas de euros, sem atender à justificação da senhora – que acabou por perder o autocarro e terá chegado tarde ao emprego…

Também há uns anos, chegou a um ecocentro uma camioneta carregada de papel - “Mais de uma tonelada de papel, sobretudo de Diários da República” , disse-me quem me relatou o caso. – O encarregado do centro de triagem aproximou-se do motorista e iniciou os procedimentos regulares. Quando ouviu falar em taxas, o motorista fez um telefonema e a seguir despediu-se. Deu meia volta, saíu do parque e duas ou três centenas de metros mais à frente parou a viatura junto de um ecoponto – onde com a ajuda dos operários que o acompanhavam despejou o lixo. Sem custos…

Estes três casos são meramente ilustrativos de comportamentos que justificarão a questão e talvez uma reflexão. Porque se há muitas e boas razões para se limpar portugal, também há outras tantas e muito diversas que concorrem para se sujar o país. Nem sempre motivadas por falta de civismo.

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(*) Explicitamente, através da Portaria Nº 165/2010, de 16 de Março, que "Estabelece um regime excepcional aplicável ao «Projecto Limpar Portugal» ".
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Ilustração: Fotografia recolhida em Young Reporters for the Environment

2010-03-19

Um Nobel para a Internet


Por possibilitar a comunicação livre e responsável entre todos nós, cidadãos do mundo, com culturas diferentes mas animados pela mesma esperança e os mesmos sonhos, acreditamos que a Internet é decididamente uma ferramenta para a paz. Por essa razão, apoiamos a candidatura ao Nobel da Paz.

Em 2010, para o futuro.

2010-03-15

Sismos. Os sismos podem ou não prever-se?


A terra treme. Os sismos sucedem-se, em diferentes regiões do mundo, e as populações (afinal nós) vivem(os) atemorizadas/os. E questionam-se (questionamo-nos) sobre se os sismos se poderão ou não prever para eventualmente se adoptarem medidas preventivas e/ou minimizadoras dos riscos.

Para responder a esta e a outras questões, o Museu Nacional de História Natural e o Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências, da Universidade de Lisboa, organizaram um colóquio - “Afinal, os sismos podem ou não prever-se?” – que se realizará no próximo dia 17 (10/03/17), pelas 16.00 horas, no Anfiteatro Manuel Valadares, em Lisboa.

Uma oportunidade preciosa para aprender e esclarecer dúvidas”, com “os principais especialistas nacionais” que apresentarão “em linguagem clara e simples, para os cidadãos em geral (…) o “estado da arte” acerca da previsão sísmica”.

A entrada é gratuita.
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Ilustração: Imagem recolhida em Engenharia Sísmica, LNEC.

2010-03-10

… Uma nova era glacial?


Na revista “Ciência Hoje”, num artigo intitulado “Idade do gelo pode voltar a acontecer – Investigadores alertam para novo padrão meteorológico”, escreve-se, citando Isabel Montañez, professora de geologia da Universidade da Califórnia, “que o fim do «Período Glacial» foi precedido de mudanças bruscas do nível de dióxido de carbono, alterações violentas do clima e efeitos drásticos sobre a vegetação”.

Embora se observe que aquela geóloga esclareceu que "isto aconteceu há milhões de anos e não pode ser directamente vinculado ao aquecimento de hoje (…) devido, principalmente, ao aumento dos gases estufa emitidos na atmosfera como resultado da queima dos combustíveis fósseis”, adverte-se que o trabalho de Isabel Montañez “demonstra que a mudança climática não acontecerá de forma gradual, mas por uma série de "oscilações instáveis e dramáticas".

O artigo conclui com uma citação de dois climatólogos, George e Helena Kukla, da Universidade de Colômbia” , para quem os “fenómenos meteorológicos (…) não obedecem a padrões meteorológicos e que nada tem a ver com a acção humana, mas sim com factores relacionados com os movimentos do planeta, com a inclinação do eixo terrestre, com a expansão das áreas de ventos polares secos e de grande altitude (o chamado vórtex circumpolar) que sopra de oeste para leste”: - “A atmosfera está a arrefecer gradualmente e há tempo que não existem dúvidas de que estamos a caminho de uma nova era glacial”.

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Ilustração: Imagem recolhida em Ciência Hoje

2010-03-07

Ana de Amsterdam


Sem quaisquer comentários, uma sugestão (para os leitores mais distraídos): de vez em quando, detenham-se no blogue da Ana, Ana de Amsterdam – “Sou Ana de cabo a tenente Sou Ana de toda patente, das Índias Sou Ana do oriente, ocidente, acidente, gelada Sou Ana, obrigada Até amanhã, sou Ana Do cabo, do raso, do rabo, dos ratos Sou Ana de Amsterdam”…

2010-03-04

"Planeta Terra", em DVD e na Internet


São sete os DVDs que compõem a colecção “Planeta Terra – 4 000 milhões de anos de história”, cada um sobre um tema pertinente:

Vol.: 1 – A Máquina Viva
Vol.: 2 – Planeta Azul
Vol.: 3 – O Mistério do Clima
Vol.: 4 – História de Outros Mundos
Vol.: 5 – O Mar Solar
Vol.: 6 – As Forças Extraordinárias da Terra
Vol.: 7 – O Destino da Terra

Um conjunto de documentários em vídeo (produzidos em meados da década de 80 mas exibidos em Portugal cerca de uma década depois) cujo visionamento, agora, quando os fenómenos naturais se repetem em (quase) todas as regiões do globo, convoca uma reflexão atenta sobre as relações do homem com a natureza.

Comprei a colecção por menos de € 30,00 - como se o planeta Terra estivesse em saldo…

... A colecção, título por título, também está disponível, para visionamento livre (na versão original, sem legendas), na página de Recursos do Professor/Ciência (Teacher Resources/Science) de Learner.org.

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Ilustração: Imagem recolhida em
DVDpt

2010-02-26

A chuva. Torrencial, também em Quelimane (Moçambique)


O Inverno tem sido trágico. Aqui em Portugal e um pouco por todo o mundo. O frio, o vento e a chuva (e também a neve, em alguns locais) persistem. Espalhando a dor e a desolação.

Há pouco, pelos noticiários televisivos de Portugal e de Espanha, soube que as previsões meteorológicas apontam para (durante a próxima noite) o agravamento do estado do tempo nas Canárias e na Galiza, com ventos ciclónicos e chuvas intensas. Chuvas e ventos que também assolarão a Madeira e a costa continental.

Anuncia-se a subida do nível da água nos rios - particularmente do Tambre e do Guadalquivir (em Espanha) e do Douro e do Tejo (em Portugal) - que em alguns pontos já transpuseram as margens e determinaram deslocação de pessoas para lugares seguros disponibilizados pela protecção civil.

Eu, nós, estamos informados e sabemos que dispomos de recursos sociais de protecção das populações e de auxílio às pessoas mais afectadas. O que não sucederá noutras regiões do mundo, onde, não sendo inverno, também chove calamitosamente e onde as populações apenas resistem às intempéries. Como sucede em Quelimane, na Zambézia - pelas notícias (que me doem) que me chegaram através do Diário de um Sociólogo (Carlos Serra, Maputo) –, uma cidade que as vicissitudes políticas castigaram com a pobreza…

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Ilustração: Fotografia recolhida em Diário de um Sociólogo.

Urbanização e Saúde


Este ano, o Dia Mundial da Saúde será dedicado à cidade, um (bom) pretexto para se reflectir sobre a urbanização e a saúde. Um tema, como informa a OMS, que responde “à vontade de reconhecer os efeitos que tem a urbanização tanto na nossa saúde colectiva, à escala mundial, como na saúde de cada um de nós”.

Mil cidades: abrir os espaços públicos à saúde, seja para realizar actividades nos parques, reuniões de cidadãos, campanhas de limpeza, ou encerrar parte das ruas ao trânsito de veículos motorizados”.

Mil vidas: reunir mil relatos de promotores da saúde urbana que, pelas suas iniciativas, tiveram um impacto considerável na saúde das suas cidades”.

7 de Abril, Dia Mundial da Saúde. Um pretexto para se reflectir mas também, sobretudo, para se tomarem decisões que efectivamente contribuam para a humanização da cidade.

2010-02-24

Higiene e Segurança no Trabalho – Workshop


Com os objectivos específicos de possibilitar aos participantes “conhecer os princípios gerais de prevenção”, “as obrigações dos diferentes intervenientes no processo de SST” e saber “organizar e coordenar os serviços de SST”, a I9PROJECT promove no dia 10/03/06, no Porto, um Workshop sobre o Novo Regime Jurídico de Higiene e Segurança no Trabalho (*). A acção formativa será orientada por Ana Fonseca, consultora nas área de gestão da qualidade, ambiente e higiene e segurança no trabalho.

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(*) Lei Nº. 102/2009, de 10 de Setembro, Regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho.

2010-02-22

Ilha da Madeira: o dilúvio


Durante a madrugada de sábado (10/02/20), a chuva foi diluviana. Encheu ribeiras e a água desceu pelas vertentes da serra para o mar. Indomável, arrastou grandes pedras e arbustos, terra; derrubou pontes e para lá das margens a enxurrada inundou a cidade e a alma humana.

As causas para aquela tempestade são várias e a comunidade científica alerta para a ocorrência cada vez mais frequente e eventualmente com consequências mais trágicas de fenómenos naturais. As causas para a destruição de casas e de estradas também são diversas e os especialistas em urbanismo e ordenamento do território afirmam que poderia ter sido evitada ou minimizada se se respeitassem as Leis da Natureza.

Agora, porém, solidários, devemos retomar o curso da vida…

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Ilustração: Fotografia recolhida em “Jornal da Madeira”.

2010-02-17

Análise de Águas - Seminário


Análise de Águas: Planear a vigilância sanitária para melhor servir a Saúde Pública” é o tema do Seminário promovido pelo Departamento de Saúde Ambiental do INSA, Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

São objectivos do Seminário: Planear a monitorização da qualidade da água nas suas diversas utilizações; Avaliar a importância do risco para a saúde face a problemas concretos de saúde ambiental relacionados com a qualidade da água nas suas diversas utilizações e Avaliar a necessidade de implementação de acções correctivas ou preventivas para reduzir ou eliminar os efeitos de factores de risco.

O Seminário realizar-se-á no próximo dia 10/02/25 no auditório do INSA, em Lisboa, e destina-se – de acordo com o Programa Provisório – a “Médicos de Saúde Pública, Eng. Sanitaristas, Técnicos de laboratório, responsáveis pela monitorização de sistemas domiciliários de distribuição de água, estudantes das áreas de Saúde ambiental”.

Por lapso, decerto, os Técnicos de Saúde Ambiental não constam entre os Destinatários

2010-02-16

Museu do Papel


Pelo telefone e por correio electrónico, eu vou tendo conhecimento (de algumas) das propostas de trabalho que são apresentadas aos colegas (TSA) que exercem a profissão nos Centros de Saúde. Propostas que (aparentemente) são desafios para que a par das actividades de rotina se desenvolvam acções que - no âmbito da Saúde Ambiental - contribuam para a protecção e a promoção da saúde das pessoas e das populações. Sem excepção, os colegas referem-se a projectos de acção e de investigação.

Dos que conheço, nas circunstâncias que menciono, nem um envolve (especificamente) a Educação para a Saúde… Ambiental. Uma acção que é protagonizada por outros agentes, nomeadamente Escolas e Autarquias.

A Cãmara Municipal de Santa Maria da Feira, por exemplo, através da Divisão de Acção Cultural e Turismo, criou e gere o único museu monográfico dedicado (em Portugal) à História do Papel. Um Museu que possibilita aos visitantes o contacto com os artefactos e a maquinaria utilizados na manufactura do papel desde o Século XVIII, e, na Loja, a aquisição de “produtos artesanais criados e produzidos no museu” que “são orientados para estimular o gosto (…) pela reciclagem, aplicação de papéis reciclados e reutilização de outros que tantas vezes parecem dispensáveis”.

Talvez a visita aos museus (a este e a outros que divulgaremos) seja um bom projecto…

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Ilustração: Fotografia recolhida em
Museu do Papel Terras de Santa Maria

2010-02-15

Médicos. De Medicina Geral e Familiar e de Saúde Pública


Transcrevemos na íntegra o Despacho Nº 2936/2010, da Ministra da Saúde, hoje (10/02/15) publicado no Diário da República (2ª. Série), no qual se reconhece o óbvio: há “carência de médicos com as especialidades de medicina geral e familiar e saúde pública”.


Despacho n.º 2936/2010

O Serviço Nacional de Saúde apresenta, ao nível das especialidades médicas e de medicina geral e familiar e saúde pública, carências graves que são determinadas pela insuficiente taxa de cobertura da prestação de cuidados de saúde primários bem como na prevenção e promoção da saúde, sobretudo em zonas de maior pressão demográfica e de extrema periferia, pelo que, neste contexto, importa, desde já, viabilizar a manutenção do vínculo dos internos que, tendo obtido o grau de assistente na 1.ª e 2.ª época de 2010, possam ser colocados em serviços e estabelecimentos carentes desses mesmos profissionais.

Para o efeito, o Decreto-Lei n.º 45/2009, de 13 de Fevereiro, que alterou o Decreto-Lei n.º 203/2004, de 18 de Agosto, estabelece, transitoriamente, por remissão do n.º 2 do seu artigo 3.º, a aplicação do regime previsto para as vagas preferenciais aos médicos abrangidos pelo n.º 1 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 112/98, de 24 de Abril.

Assim e tendo em vista a celebração dos contratos de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado a que se refere o n.º 5 do artigo 12.º-A do citado Decreto-Lei n.º 45/2009, e para efeitos da alínea b) do n.º 1 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 112/98, de 24 de Abril, é considerado haver carência de médicos com as especialidades de medicina geral e familiar e saúde pública.

9 de Fevereiro de 2010. — A Ministra da Saúde, Ana Maria Teodoro Jorge.

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Ilustração: Fotografia recolhida em MGFamiliar.net

Frio, frio… Frio!


Se o tempo de verão se prolongou até tarde, provocando mal estar em muita gente e prejuízos económicos vários, sobretudo na agricultura, o inverno irrompeu com chuvas torrenciais e ventos cicónicos e prossegue com muito frio. Um frio glaciar que terá sido a causa do falecimento de 4 (quatro) pessoas idosas, ontem, na região de Lisboa - como noticiaram hoje pela manhã os telejornais.

Atenta aos perigos associados ao frio, a Direcção-Geral da Saúde publicou um conjunto de Recomendações que os orgãos de comunicação social – particularmente a rádio e a televisão - deviam divulgar com frequência. Para as pessoas se protegerem (ou saberem como se proteger) dos riscos mais comuns, o enregelamento e a hipotermia.

Os leitores do JSA interessados em consultar a informação disponibilizada pela DGS, Direcção-Geral da Saúde, devem, depois de acederem ao sítio (“site”), seleccionar Saúde Ambiental, Áreas de Intervenção e finalmente Frio

Entretanto, agasalhem-se. E não se esqueçam: nós temos tendência a envelhecer…

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Ilustração: Fotografia por Carlos Alves (“Serra da Estrela”, 10/02/13).

2010-02-14

Regime jurídico dos serviços multimunicipais de abastecimento de água, de saneamento e de gestão de resíduos - Colóquio


No próximo dia 10/02/25 realizar-se-á no Centro Cultural de Belém (Lisboa) um Colóquio sobre o “Regime jurídico dos serviços de âmbito multimunicipal de abastecimento público de água, de saneamento de águas residuais e de gestão de resíduos urbanos” aprovado pelo Decreto-Lei Nº. 195/2009, de 20 de Agosto, em vigor desde o primeiro dia do ano em curso.

O Colóquio é promovido pelo CEDIPRE, Centro de Estudos de Direito Público e Regulação, da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.

2010-02-09

Ementas Escolares - Divulgação


Para informação de todos, particularmente dos pais e /ou encarregados de educação, também a Câmara Municipal de Almeirim (na esteira de outras autarquías) decidiu divulgar a ementa das refeições servidas nos estabelecimentos escolares do concelho.

No topo da página criada pela autarquia, depois de se observar que “uma alimentação equilibrada é um dos princípios básicos para uma vida saudável” afirma-se que “todos os jovens dos jardins de infância, escolas do 1º ciclo e escolas EB 23 do concelho têm acesso aos almoços e lanches” e que “os alunos carenciados também têm este apoio no período de férias e interrupções lectivas”.

Uma iniciativa para acompanhar, com ou sem a intervenção do SPARE, Sistema de Planeamento e Avaliação de Refeições Escolares.

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Ilustração: Fotografia recolhida em Câmara Municipal de Évora

2010-02-02

Santarém: Considerações sobre a temperatura do ar


Neste trabalho são apresentados os valores dos números médios de graus-dia de aquecimento e arrefecimento, bem como os valores das temperaturas exteriores de projecto de Verão e de Inverno na cidade de Santarém”, escreve José Manuel da Costa Têso, “com a finalidade de servirem de suporte para eventuais projectos de investigação que tenham como base certos dados da temperatura do ar”.

Como complemento, utilizando o valor médio da amplitude térmica diária no mês mais quente de Verão”, acrescenta o autor, “é traçada uma curva-tipo da evolução diária da temperatura do ar”.

Considerações sobre dados da temperatura do ar na cidade de Santarém
”, um trabalho de José Manuel da Costa Têso, que publicamos nestes dias em que o frio que invadiu a Europa parece contradizer o “Aquecimento Global”…

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Ilustração: Fotografia recolhida em Zwame

2010-01-28

Agricultura ecológica: um logótipo para a UE


A partir de Julho do ano em curso (2010), os produtos alimentares ecológicos pré-embalados – “que cumpram os requisitos da comunidade definidos como Agricultura e Produção Ecológica” – apresentarão obrigatoriamente o novo logótipo da UE, União Europeia. Pretende-se, deste modo, “reforçar a protecção dos consumidores e promover a agricultura ecológica” – em Portugal erradamente classificada como “biológica”. Como diz uma amiga nossa, desde sempre contestatária desta classificação, “ainda não comemos batatas artificiais, de plástico por exemplo”…

Para que agrade ao maior número de pessoas possível” – como disse Mariann Fischer Boel, Comissária da Agricultura e do Desenvolvimento Rural -, e represente a União Europeia, seja fácil de memorizar e de associar à UE e à agricultura biológica, sem recurso a palavras ou letras, o novo logótipo ecológico foi objecto de um concurso que está na fase final de selecção. Um concurso em que todos nós podemos participar votando num dos três logótipos finalistas.

Nós já votámos.

2010-01-19

O Haiti, as situações de catástrofe e a falta de formação dos TSA


Na ilha de La Hispaniola, no Mar das Caraíbas, ilha descoberta por Cristóvão Colombo no ano distante de 1492, o Haiti é um país pobre. Um país cuja população viveu quase sempre sob regimes políticos devastadores.

Nesta mensagem, não me deterei na história dramática do povo haitiano nem em comentários sobre a tragédia que há poucos dias destruiu povoações, vilas e cidades, que afectou a vida de milhões de cidadãos e provocou milhares de vítimas, mais de cem mil mortos e um número incontável de feridos - informações que os leitores do JSA já obtiveram (ou poderão obter) em muitos sítios e em muitos mais blogues disponíveis na Internet.

Neste “post” (mensagem), eu retomo uma vontade expressa por uma colega que escreveu - “Se pudesse largava tudo para lá ir ajudar, por exemplo, a tratar a água, a torná-la potável” – para reproduzir (parcialmente) o meu comentário: - “(…) ora, como sabe, (na generalidade) os TSA saberão verificar se a água cumpre os requisitos legais para prevenir as doenças hídricas mas não sabe “tratar a água” - uma acção de complexidade variável consoante as características e a grandeza da poluição e da contaminação – e muito menos analisá-la…

Em circunstâncias trágicas similares daquela que se regista no Haiti – enquanto menos jovem eu estive em cenários de guerra -, embora haja diversas soluções para o tratamento da água, normalmente opta-se pela desinfecção bacteriológica (no ponto de consumo) com o recurso a “pastilhas” cloradas distribuidas pela população. Uma tarefa que (compreensivelmente) não exige a intervenção de um TSA.

Para finalizar, digo-lhe que o seu “post” tem um mérito: lembrou-me uma (minha) questão antiga, que eu relembro: os TSA não têm formação para intervir em situações de catástrofe - e seria bom que as Escolas criassem uma disciplina específica que os preparasse. Para (socorrendo-me das suas palavras) “ir ajudar” no Haiti ou noutra região qualquer, designadamente em Portugal…
”.

Um comentário, com uma (minha) “questão antiga”, para os dirigentes das ESTES lerem e intentarem concretizar.
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Ilustração: Imagem recolhida em “The water project Haiti”.