2010-08-04

Colheita de amostras de água : os técnicos...


Pouco tempo depois de começar a exercer a profissão comprei (em Lisboa, “em 28OUT83”, como assinalei na primeira página) o “Guia Técnico de Coleta de Amostras de Água”, de Helga Bernhard de Souza e José Carlos Derísio, editado pela CETESB, Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (São Paulo, 1977). Uma obra que consultei frequentemente para o esclarecimento das mais diversas dúvidas.

Há poucos dias, ao retirar um livro de uma das estantes que revestem as paredes do escritório, aquele veio atrás. Ao folheá-lo, detive-me na releitura do Prefácio no qual Samuel Murgel Branco justifica a edição do guia. Partilho com os leitores do JSA um breve mas curioso apontamento: - “ Até há poucos anos, em muitas das grandes cidades deste nosso imenso país, a tarefa de coletar amostras de águas a serem analisadas nos laboratórios de nosos departamentos de saneamento era confiada aos motoristas das viaturas ou funcionários ainda menos qualificados, os quais, além de nunca terem adentrado as partes de um laboratório, não tinham sequer a mínima ideia sobre o que iria ser feito com aquelas amostras. Alguns desses “técnicos” eram dotados da máxima boa vontade, como um que conheci, que evitava passar em estradas esburacadas porque a agitação dos frascos poderia matar as bactérias coliformes existentes nas amostras…

(Em Portugal, desde o primeiro dia do ano, cumprindo-se o disposto no Número 9., do Artigo 37º, do Decreto-Lei Nº. 306/2007, de 27 de Agosto, “nos casos em que a recolha de amostras não seja realizada por laboratórios nos termos definidos no número anterior”, os técnicos de amostragem devem “estar devidamente certificados para o efeito por organismos de certificação acreditados ou reconhecidos pelo IPAC” – Instituto Português de Acreditação).

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Ilustração: Fotografia recolhida em
Águas de Valongo.

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