2010-03-31

O ambiente dos locais de trabalho


¿Mi oficina está enferma?” (em tradução livre, “O meu local de trabalho está doente?”) é o título de um guia (com menos de uma dezena de páginas) que nos dá “a conhecer os principais problemas e algumas propostas para evitar os efeitos negativos que decorrem de passarmos grande parte do nosso tempo em espaços fechados, seja em casa ou no local de trabalho(*).

Editado pelo Departamento de Salud y Consumo do Governo de Aragão (Espanha) em parceria com a Fundación Ecología y Desarrollo, no Guia, depois de se contextualizar a problemática do síndroma do edifício doente, são tratadas (em linguagem acessível ao público em geral) as diversas questões seleccionadas - contaminação ambiental, cheiros, campos electromagnéticos, Iluminação deficiente, ruído, sistemas de aquecimento e ar condicionado, humidade relativa, ventilação, factores psicosociais –, e assinaladas algumas entidades que poderão facultar informações complementares a quem quiser “saber mais”. Designadamente aos TSA.

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(*) in Boletim Electrónico (Nº. 40) de Março, de Salud y Medio Ambiente

2010-03-30

Valença sem valência


O interior de Portugal desertifica-se. As populações emigram para as cidades, sobretudo para as cidades da costa atlântica. As causas são diversas, as consequências também.

São mínimos ou inexistentes os investimentos em infra-estruturas, não se dinamizam as actividades industrial e comercial, encerram-se serviços públicos. As crianças e os jovens frequentam escolas longe de casa, os pais procuram emprego nos grandes centros urbanos ou no estrangeiro. Ficam os velhos, os idosos - muitos ou quase todos beneficiários de reformas de baixo valor, sem capacidade financeira para assegurarem o funcionamento de pequenos estabelecimentos: uma mercearia, um café… E desenvolvem-se outros modelos de comércio e de prestação de serviços: venda itinerante de produtos alimentares (carne, mercearias e pão, peixe…); assistência social (distribuição de refeições ao domicílio, higiene pessoal e doméstica…); de cuidados de saúde (ainda escassos e apenas em algumas regiões do país)… Que atenuarão a solidão das pessoas mas não evitam o abandono nem a degradação dos lugares e das aldeias.

Não sei porquê, ou talvez saiba, na sequência das notícias sobre o encerramento do SAP, Serviço de Atendimento Permanente em Valença, lembrei-me que há pouco mais de um mês, pela noite, apercebi-me de uma viatura do INEM em manobras diante de minha casa (eu moro num desses pequenos lugares). Acendi as lâmpadas do exterior e abri a porta. Procuravam uma senhora idosa, septuagenária. Por causa de “um problema de coração” – disse-me o motorista…

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Ilustração: Fotografia recolhida em Renascença

2010-03-29

Os enfermeiros, a greve e o JSA


Compreendemos as reivindicações dos enfermeiros, nossos colegas nos Centros de Saúde. Porque são justas, nós, no JSA, expressamos publicamente a nossa solidariedade pela greve que iniciaram hoje às 14.00 horas e que se prolongará até às 08.00 horas de quinta-feira. E acreditamos no êxito das negociações com o Ministério da Saúde.

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Ilustração: Imagem recolhida em SEP, Sindicato dos Enfermeiros Portugueses

2010-03-28

O futebol, o adepto e a “Hora da Terra”


Ontem, à hora certa, apagou a luz e acendeu uma vela para iluminar a casa. Depois, sentou-se num sofá e ligou o transistor (carregado com pilhas novas) para ouvir o relato do jogo de futebol que se disputava no Estádio da Luz…

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Ilustração: Fotografia recolhida em A Bola

2010-03-23

Angola: o primeiro jornal de saúde


A publicação do “Jornal da Saúde” é a concretização de um projecto promovido pelo Ministério da Saúde e pela Ordem dos Médicos de Angola para a “divulgação do conhecimento em prevenção e cuidados de saúde”.

Com o apoio do BESA, Banco Espírito Santo de Angola, o “Jornal da Saúde” (que brevemente terá uma edição electrónica) será distribuido gratuitamente por “hospitais, centros de saúde e farmácias. hospitais, centros de saúde e farmácias”. Com um objectivo: - “contribuir para o combate aos índices de mortalidade relacionados com saúde, bem como dotar os angolanos de conhecimentos que lhes permitam adoptar um estilo de vida mais saudável e a tomar decisões mais conscientes”.

Necessariamente, também para “democratizar o acesso à informação médica e contribuir decisivamente na melhoria das condições de vida dos cidadãos angolanos”.

2010-03-21

Não sujar, mas…


Ontem (10/03/21), véspera do Dia da Árvore, milhares de pessoas – desde o cidadão anónimo a Cavaco Silva, Presidente da República - sairam de casa para “Limpar Portugal”. Apesar da chuva que caíu em algumas regiões, sobretudo durante a manhã, foram recolhidas dezenas de toneladas de lixo que foram transportadas com a colaboração do governo (*) para ecocentros e/ou aterros sanitários.

Em casa, acompanhei as notícias pela televisão e num apontamento de reportagem ouvi o Presidente da República sugerir uma outra acção – creio que “Vamos não sujar Portugal” – que me lembrou uma antiga questão: - Porque razão se suja Portugal?

Há uns anos, a Isabel e o Pedro decidiram dedicar um fim de semana a limpar a arrecadação de casa. No final, encheram a mala do carro e ocuparam o banco de trás (protegido por uma velha cortina de chuveiro) com um televisor avariado e sem reparação, duas cadeiras partidas, um balde com ferrarias várias e até uma caixa de cartão com jornais e revistas já com as páginas amarelecidas. Depois percorreram mais de uma dezena de quilómetros para depositarem o lixo no ecocentro mais próximo. Quando chegaram, encontraram o portão encerrado – e, desiludidos, optaram por depositar a tralha junto do portão. Disse-me a Isabel: - “Ainda bem que ninguém nos viu, senão ainda teriamos de pagar alguma multa….”.

Algures no norte do país, porque o contentor estava cheio e o autocarro se aproximava, a senhora depositou o saco do lixo (doméstico) no chão, embora junto do contentor. Procedimento que não escapou à vigilância de um polícia que circulava no local. Zelosamente, o agente da autoridade citou-lhe a lei e aplicou-lhe uma multa de algumas centenas de euros, sem atender à justificação da senhora – que acabou por perder o autocarro e terá chegado tarde ao emprego…

Também há uns anos, chegou a um ecocentro uma camioneta carregada de papel - “Mais de uma tonelada de papel, sobretudo de Diários da República” , disse-me quem me relatou o caso. – O encarregado do centro de triagem aproximou-se do motorista e iniciou os procedimentos regulares. Quando ouviu falar em taxas, o motorista fez um telefonema e a seguir despediu-se. Deu meia volta, saíu do parque e duas ou três centenas de metros mais à frente parou a viatura junto de um ecoponto – onde com a ajuda dos operários que o acompanhavam despejou o lixo. Sem custos…

Estes três casos são meramente ilustrativos de comportamentos que justificarão a questão e talvez uma reflexão. Porque se há muitas e boas razões para se limpar portugal, também há outras tantas e muito diversas que concorrem para se sujar o país. Nem sempre motivadas por falta de civismo.

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(*) Explicitamente, através da Portaria Nº 165/2010, de 16 de Março, que "Estabelece um regime excepcional aplicável ao «Projecto Limpar Portugal» ".
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Ilustração: Fotografia recolhida em Young Reporters for the Environment

2010-03-19

Um Nobel para a Internet


Por possibilitar a comunicação livre e responsável entre todos nós, cidadãos do mundo, com culturas diferentes mas animados pela mesma esperança e os mesmos sonhos, acreditamos que a Internet é decididamente uma ferramenta para a paz. Por essa razão, apoiamos a candidatura ao Nobel da Paz.

Em 2010, para o futuro.

2010-03-15

Sismos. Os sismos podem ou não prever-se?


A terra treme. Os sismos sucedem-se, em diferentes regiões do mundo, e as populações (afinal nós) vivem(os) atemorizadas/os. E questionam-se (questionamo-nos) sobre se os sismos se poderão ou não prever para eventualmente se adoptarem medidas preventivas e/ou minimizadoras dos riscos.

Para responder a esta e a outras questões, o Museu Nacional de História Natural e o Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências, da Universidade de Lisboa, organizaram um colóquio - “Afinal, os sismos podem ou não prever-se?” – que se realizará no próximo dia 17 (10/03/17), pelas 16.00 horas, no Anfiteatro Manuel Valadares, em Lisboa.

Uma oportunidade preciosa para aprender e esclarecer dúvidas”, com “os principais especialistas nacionais” que apresentarão “em linguagem clara e simples, para os cidadãos em geral (…) o “estado da arte” acerca da previsão sísmica”.

A entrada é gratuita.
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Ilustração: Imagem recolhida em Engenharia Sísmica, LNEC.

2010-03-10

… Uma nova era glacial?


Na revista “Ciência Hoje”, num artigo intitulado “Idade do gelo pode voltar a acontecer – Investigadores alertam para novo padrão meteorológico”, escreve-se, citando Isabel Montañez, professora de geologia da Universidade da Califórnia, “que o fim do «Período Glacial» foi precedido de mudanças bruscas do nível de dióxido de carbono, alterações violentas do clima e efeitos drásticos sobre a vegetação”.

Embora se observe que aquela geóloga esclareceu que "isto aconteceu há milhões de anos e não pode ser directamente vinculado ao aquecimento de hoje (…) devido, principalmente, ao aumento dos gases estufa emitidos na atmosfera como resultado da queima dos combustíveis fósseis”, adverte-se que o trabalho de Isabel Montañez “demonstra que a mudança climática não acontecerá de forma gradual, mas por uma série de "oscilações instáveis e dramáticas".

O artigo conclui com uma citação de dois climatólogos, George e Helena Kukla, da Universidade de Colômbia” , para quem os “fenómenos meteorológicos (…) não obedecem a padrões meteorológicos e que nada tem a ver com a acção humana, mas sim com factores relacionados com os movimentos do planeta, com a inclinação do eixo terrestre, com a expansão das áreas de ventos polares secos e de grande altitude (o chamado vórtex circumpolar) que sopra de oeste para leste”: - “A atmosfera está a arrefecer gradualmente e há tempo que não existem dúvidas de que estamos a caminho de uma nova era glacial”.

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Ilustração: Imagem recolhida em Ciência Hoje

2010-03-07

Ana de Amsterdam


Sem quaisquer comentários, uma sugestão (para os leitores mais distraídos): de vez em quando, detenham-se no blogue da Ana, Ana de Amsterdam – “Sou Ana de cabo a tenente Sou Ana de toda patente, das Índias Sou Ana do oriente, ocidente, acidente, gelada Sou Ana, obrigada Até amanhã, sou Ana Do cabo, do raso, do rabo, dos ratos Sou Ana de Amsterdam”…

2010-03-04

"Planeta Terra", em DVD e na Internet


São sete os DVDs que compõem a colecção “Planeta Terra – 4 000 milhões de anos de história”, cada um sobre um tema pertinente:

Vol.: 1 – A Máquina Viva
Vol.: 2 – Planeta Azul
Vol.: 3 – O Mistério do Clima
Vol.: 4 – História de Outros Mundos
Vol.: 5 – O Mar Solar
Vol.: 6 – As Forças Extraordinárias da Terra
Vol.: 7 – O Destino da Terra

Um conjunto de documentários em vídeo (produzidos em meados da década de 80 mas exibidos em Portugal cerca de uma década depois) cujo visionamento, agora, quando os fenómenos naturais se repetem em (quase) todas as regiões do globo, convoca uma reflexão atenta sobre as relações do homem com a natureza.

Comprei a colecção por menos de € 30,00 - como se o planeta Terra estivesse em saldo…

... A colecção, título por título, também está disponível, para visionamento livre (na versão original, sem legendas), na página de Recursos do Professor/Ciência (Teacher Resources/Science) de Learner.org.

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Ilustração: Imagem recolhida em
DVDpt