2010-05-19

Ruído: um caso de indiferença


Sabemos que o ruído é prejudicial à saúde. Também sabemos que nos locais de trabalho o serviço de SHST, Segurança, Higiene e Saúde do Trabalho, deve monitorizar o ruído e estabelecer medidas que reduzam ou eliminem a(s) fonte(s) do ruído e/ou impor o uso de EPI, Equipamentos de Protecção Individual, que protejam os trabalhadores dos riscos a que expõem. Finalmente, também sabemos que os locais de trabalho são (ou deverão ser) objecto de vigilância pelos TSA e periodicamente inspeccionados pela ACT, Autoridade para as Condições de Trabalho.

Numa reportagem publicada na revista Tabu, distribuida pelo semanário “Sol” (edição de 10/05/14), sobre o “Segredo da Cerveja”, a jornalista Sara Ribeiro escreve que na fábrica que visitou “os milhões de garrafas a circular nas várias passadeiras metálicas fazem um barulho ensurdecedor, mas os cerca de 600 trabalhadores da fábrica já se habituaram”. E acrescenta, reproduzindo o que “diz a responsável” daquela unidade industrial: - “Há quem use protectores auditivos, mas para a maior parte dos nossos colaboradores, como já trabalham cá há tantos anos, acaba por não fazer diferença”.

Apesar de não sabermos quais são de facto os níveis de ruído que se registam naquela área de linhas de enchimento, nós não entendemos como é que os anos de trabalho podem ser usados como critério para a adopção de medidas de protecção dos trabalhadores…

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Ilustração: Fotografia recolhida em ABC.News

1 comentário:

Ak Sağlık disse...

Um site muito bom .. Obrigado ..
Muito bom site. Graças aos esforços do passado.
saglik