2010-01-19

O Haiti, as situações de catástrofe e a falta de formação dos TSA


Na ilha de La Hispaniola, no Mar das Caraíbas, ilha descoberta por Cristóvão Colombo no ano distante de 1492, o Haiti é um país pobre. Um país cuja população viveu quase sempre sob regimes políticos devastadores.

Nesta mensagem, não me deterei na história dramática do povo haitiano nem em comentários sobre a tragédia que há poucos dias destruiu povoações, vilas e cidades, que afectou a vida de milhões de cidadãos e provocou milhares de vítimas, mais de cem mil mortos e um número incontável de feridos - informações que os leitores do JSA já obtiveram (ou poderão obter) em muitos sítios e em muitos mais blogues disponíveis na Internet.

Neste “post” (mensagem), eu retomo uma vontade expressa por uma colega que escreveu - “Se pudesse largava tudo para lá ir ajudar, por exemplo, a tratar a água, a torná-la potável” – para reproduzir (parcialmente) o meu comentário: - “(…) ora, como sabe, (na generalidade) os TSA saberão verificar se a água cumpre os requisitos legais para prevenir as doenças hídricas mas não sabe “tratar a água” - uma acção de complexidade variável consoante as características e a grandeza da poluição e da contaminação – e muito menos analisá-la…

Em circunstâncias trágicas similares daquela que se regista no Haiti – enquanto menos jovem eu estive em cenários de guerra -, embora haja diversas soluções para o tratamento da água, normalmente opta-se pela desinfecção bacteriológica (no ponto de consumo) com o recurso a “pastilhas” cloradas distribuidas pela população. Uma tarefa que (compreensivelmente) não exige a intervenção de um TSA.

Para finalizar, digo-lhe que o seu “post” tem um mérito: lembrou-me uma (minha) questão antiga, que eu relembro: os TSA não têm formação para intervir em situações de catástrofe - e seria bom que as Escolas criassem uma disciplina específica que os preparasse. Para (socorrendo-me das suas palavras) “ir ajudar” no Haiti ou noutra região qualquer, designadamente em Portugal…
”.

Um comentário, com uma (minha) “questão antiga”, para os dirigentes das ESTES lerem e intentarem concretizar.
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Ilustração: Imagem recolhida em “The water project Haiti”.

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