2008-07-01

Quem cala consente…


São pertinentes as questões postas por Helena Matos, hoje (08/07/01), no Público, num espaço - independente da sua crónica semanal - que intitulou “Onde andam…”.

Onde andam… “Os defensores de Foz Côa?” – pergunta-se, para responder que a opção socialista pela protecção das gravuras paleolíticas em pretérito da construção da barragem (decidida pelo governo social-democrata, presidido por Cavaco Silva) foi um erro que todos nós, cidadãos, estamos a pagar.

No auge da polémica, em meados da década de 90 (1994), eu estive lá, no Vale do Côa, e se até então eu tinha dúvidas, depois de percorrer o local e de ver algumas das gravuras, não hesitei em dizer: - “Construa-se a barragem!”.

Então, a opção do governo socialista, liderado por António Guterres, defraudou as expectativas da população da região. Que ficou sem a barragem e não assistiu ao prometido desenvolvimento turístico – na componente de turismo cultural…

Onde andam… “Os indignados das urgências hospitalares? ” – questiona-se, e questiona o silêncio da opinião pública (desde a substituição do Ministro da Saúde e sobretudo) após os diferentes casos, quase sempre fatais por falta de assistência pelo INEM, que se registaram nos últimos dias. E comenta: - “Curiosamente, agora ninguém se indigna…”.

Aparentemente “ninguém se opõe”, apesar de no Relatório da Primavera 2008, hoje apresentado pelo Observatório dos Sistemas de Saúde, se apontar a “gestão pouco competente e socialmente insensível” nos encerramentos de maternidades e urgências” (Público, edição de 08 /07/01, texto assinado por Alexandra Campos).

Á guisa de comentário, eu observo que se é certo que “as gravuras não sabem nadar”, como se diz popularmente “Quem cala consente…”.
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Ilustração: Cartaz recolhido em SinBAD, Universidade de Aveiro.

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