A publicação de Cuidar da Saúde, um bem sem preço, uma estratégia para o Serviço Nacional de Saúde apresentada por Francisco Louçã, na qualidade de candidato às eleições presidências, motivou um leitor do JSA a propor-nos que apresentássemos o Post ao deputado do Bloco de Esquerda. Nós aceitámos a sugestão e consultámos Francisco Louçã. Que nos respondeu no dia 06/01/20. Todavia, por motivos técnicos, só ontem ao final do dia pudemos aceder à nossa caixa de correio electrónico.
Escreveu-nos André Beja, assessor para as questões da saúde:
“(...) Segue a resposta de Francisco Louçã à questão por vós colocada. Pedimos desculpa pela demora, mas as actividades de campanha não nos têm deixado muito tempo:
Vejo o Serviço Nacional de Saúde como um conjunto de meios técnicos e humanos que, num campo alargado de intervenção, contribuem para a promoção do bem-estar e qualidade de vida da população. Isto numa perspectiva ampla da saúde, considerando-a, mais do que mera ausência de doença, como um estado de equilíbrio do individuo com o meio, onde têm influência aspectos físicos, sociais, ambientais/ecológicos, e emocionais.
Assim, e apesar de no meu manifesto não fazer nenhuma referência específica à saúde ambiental, esta é uma área muito importante que tenho focado com insistência, defendendo medidas que, em várias áreas, com ela se relacionam. Por exemplo, na área do trabalho, é preciso garantir condições laborais salubres ou, por exemplo, horários que, para lá do tempo livre para cada uma e cada um viver, permitam períodos suplementares de descanso condicentes com o desgaste de cada profissão.
Na área do ambiente, no lançamento da minha candidatura e durante a campanha, Defendi uma revolução ambiental que é parte indispensável da democracia de responsabilidade que quero contribuir para criar. Quando se verifica que Portugal excede os limites de emissões de dióxido de carbono e que dentro em breve poderá ter de pagar estes abusos de poluição comprando licenças extraordinariamente caras, percebe-se bem como o debate orçamental está enviesado e não reconhece prioridades.
A grande mudança de que o país necessita é a partilha de uma responsabilidade estratégica na defesa do bem-estar, da segurança alimentar, da qualidade da água e do ar, das florestas e do ambiente, que são activos estratégicos de que não podemos abdicar. Precisamos de politicas responsáveis e comprometidas com a defesa do ambiente nos espaços urbanos, com uma politica de resíduos consequente, preocupada com o impacto dos níveis de ruído na qualidade de vida.
Francisco Louçã, Janeiro de 2006”.
1 comentário:
Provavelmente não sabe. Mas poderá acontecer que brevemente a Saúde Ambiental seja tema para uma conversa com o cunhado (como os leitores do JSA sabem, Francisco Louçã é casado com Ana Campos). E que, entretanto, para se documentar, consulte o Jornal de Saúde Ambiental.
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