2009-01-24

“À Beira do Fim”. Em 2022?...


Foi em 1973 ou em 1974 que eu vi, pela primeira vez, no extinto Cinema Águia, em Quelimane (Moçambique), o filme de Richard FleischerSoylent Green” – então, com “legendas de caixote”, sob o título de “No Ano 2022”. Não o interpretei como sendo um vulgar filme de “ficção científica”. Pelo contrário: entendi-o como uma reflexão sobre o futuro da humanidade num mundo com múltiplos e graves problemas, que já então se pressentiam: alterações climáticas, espaços urbanos com população excessiva, crescimento da pobreza e do desemprego, grandes diferenças sociais com as elites a viver em condomínios fechados, carência de alimentos e soluções políticas socialmente injustas.

Em 2022 (um ano mítico) para se alimentar, a população terá acesso a rações de “Soylent Green”, tabletes verdes que serão (serão mesmo?) de soja. E para “sonhar” com o passado, o acesso a um sofisticado pavilhão que permitirá a evocação do cheiro das flores, a harmonia da música…

Só há pouco soube, pela consulta dos jornais, que o filme será exibido daqui a poucos minutos pela RTP-2, após o noticiário das 22.00 horas. Mas, ainda a tempo: “Soylent Green” - ou “À Beira do Fim”, o título em português – é obviamente um filme que recomendo aos leitores do JSA.

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Ilustração: Imagem recolhida em SCIFIPEDIA

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