2008-11-27

Publicidade Verde


A Publicidade

Ontem, no programa “Biosfera” (ao final da tarde, na RTP – 2), falou-se de Publicidade Verde e das empresas que para promoverem os seus produtos valorizam a componente ambiental.

Falou-se das empresas que evidenciam preocupações ambientais nas diferentes fases do ciclo de vida (produção, utilização e eliminação) dos produtos e de outras que divulgam informações desnecessárias para o consumidor, do género: “Este produto não contém…”, porquanto por norma o uso da substância em causa estará interdita no espaço da UE, União Europeia.

Independentemente da qualidade dos produtos, a Publicidade Verde cativa os consumidores.

O Templo

Por estes dias, em Lisboa, quem olhar para o outro lado do rio (Tejo) verá o Monumento a Cristo Rei convertido em suporte publicitário. Milhares de lâmpadas numa decoração alusiva ao Natal publicitam uma empresa de artigos electrónicos.

Num país que se esvazia de valores éticos e que adoptou o Kitsch como referência estética, não me surpreende a indiferença pelo atentado cultural nem o pragamatismo de quem me disse que “é um meio de rentabilizar o monumento”. Restariam os ambientalistas…

Todavia, eventualmente para evitar o confronto, a Samsung distribuiu pela comunicação social uma Nota em que esclarece que “a iluminação de Natal do Cristo Rei é constituída por 162 mil lâmpadas instaladas em 8520 metros de néon flexível” e que “Face ao elevado número de lâmpadas utilizadas, a preocupação com a poupança energética foi uma constante no planeamento deste projecto. Na prática, este cuidado com o impacto ambiental levou a que se optasse pela instalação de LEDs cujo consumo energético equivale a 1/8 de uma lâmpada normal”.

A publicidade no templo

Parafraseando o “Expresso” (edição de 08/11/22), os vendilhões ocuparam o templo, mas a publicidade é verde…

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Ilustração: Fotografia recolhida em Meios & Publicidade.

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