A saúde e a qualidade de vida das pessoas e das populações estão associadas. Em linguagem simples, para todos nós nos entendermos, se sem saúde não há qualidade de vida, sem qualidade de vida também não há saúde.
Eu invoquei esta relação na minha primeira intervenção pública, enquanto profissional de saúde, em meados da década de 80. E lembro-a agora, no decurso de mais uma crise económica global, com consequências sociais ainda imprevisíveis, para lamentar a atitude de economistas e empresários, e, sobretudo, da líder do PSD, que de forma diversa e socialmente obscena contestaram a proposta do governo socialista de no próximo ano (2009) aumentar para 450 euros mensais o salário mínimo.
Se em Portugal o limiar da probreza se situa próximo dos € 400 e cerca de 1/5 da população (dois milhões de pessoas) é pobre, com empresários e políticos a pensarem em gerir a pobreza em vez de a intentarem erradicar, é óbvio que dificilmente se assegurará um nível de qualidade de vida favorável à saúde. Até parece que apostam numa população doente para depois investirem na prestação de cuidados paliativos. Comparticipados pelo estado, isto é, suportados pelos impostos cobrados à população doente.
Enquanto nós, profissionais de saúde pública, aparentemente alienados pelas directivas uniaoeuropeístas, continuamos a preocupar-nos com comportamentos tão significativos como saber se as pessoas lavam as mãos antes de comer…
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Ilustração: Fotografia recolhida em Yesalel
Eu invoquei esta relação na minha primeira intervenção pública, enquanto profissional de saúde, em meados da década de 80. E lembro-a agora, no decurso de mais uma crise económica global, com consequências sociais ainda imprevisíveis, para lamentar a atitude de economistas e empresários, e, sobretudo, da líder do PSD, que de forma diversa e socialmente obscena contestaram a proposta do governo socialista de no próximo ano (2009) aumentar para 450 euros mensais o salário mínimo.
Se em Portugal o limiar da probreza se situa próximo dos € 400 e cerca de 1/5 da população (dois milhões de pessoas) é pobre, com empresários e políticos a pensarem em gerir a pobreza em vez de a intentarem erradicar, é óbvio que dificilmente se assegurará um nível de qualidade de vida favorável à saúde. Até parece que apostam numa população doente para depois investirem na prestação de cuidados paliativos. Comparticipados pelo estado, isto é, suportados pelos impostos cobrados à população doente.
Enquanto nós, profissionais de saúde pública, aparentemente alienados pelas directivas uniaoeuropeístas, continuamos a preocupar-nos com comportamentos tão significativos como saber se as pessoas lavam as mãos antes de comer…
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Ilustração: Fotografia recolhida em Yesalel
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