O Inverno que atravessamos está a ser particularmente frio. Ou então serei eu que estou cada dia mais sensível às alterações térmicas. Devido à idade, talvez. Começo a sentir frio logo pela manhã, depois de me levantar, cerca das 06.30 horas, agora ainda de noite, e me afasto do quarto. Na sala, num gesto quase ritual, antes de tomar o pequeno-almoço, remexo as cinzas para reacender a lareira e aquecer o ambiente.
Aparentemente menos gélido que o ambiente que o Eduardo Prado Coelho descreveu numa das suas mais recentes crónicas que diariamente (de segunda a sexta feira) publica n’ O Fio do Horizonte (Público), e na qual, a pensar decerto na mãe (Élis Regina) da jovem cantora, comentou que não se lembra de uma brasileira tão destituída de sensualidade como a Maria Rita. Que tiritou de frio, no palco do Coliseu (de Lisboa) – uma sala de espectáculos sem aquecimento –, durante a apresentação do seu Segundo trabalho discográfico. No final da crónica, o professor de semiótica afirma que (cito de memória) “Não conheço nenhum país tão frio como Portugal”.
O frio em Portugal, como os diferentes órgãos de comunicação social noticiam, tem provocado a queda de neve no interior do país, sobretudo nos distritos de Bragança e da Guarda. Onde as estradas ficam interditas ao trânsito, prejudicando a mobilidade das populações. Estradas que tardam a ser limpas por falta de meios mecânicos. No distrito de Bragança, de acordo com as notícias, foram improvisados limpa-neves colocando-se pás em viaturas de bombeiros…
Distrito onde, ainda na semana passada, alguns sectores da população – agricultores e ambientalistas, sobretudo – contestaram o espalhamento de sal nas estradas. A pretexto de a drenagem da água salgada para os terrenos envolventes provocar a salinização dos solos e das águas subterrâneas. E propuseram, como alternativa, o recurso a meios mecânicos…
No plano meramente teórico, admito que tenham alguma razão. Todavia, a aplicação de sal no pavimento é um bom método para se manterem as estradas transitáveis (e razoavelmente seguras). O sal evita a formação de gelo.
É do conhecimento comum que a 0º centígrados a água passa do estado líquido ao estado sólido. No entanto, nem toda a gente sabe (só porque ainda não se deteve um instante para reflectir) que a água poderá conservar-se no estado líquido a temperaturas negativas. Como sucede, por exemplo, nos oceanos das regiões polares. De facto, quanto maior for a percentagem de sal dissolvido na água, mais baixa será a temperatura a que a água congela.
Nas “Ciências da Terra para Jovens” (Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1993), Janice Vancleave apresenta uma experiência cuja realização proponho aos leitores mais cépticos do JSA.
Até metade do volume, vertam água em dois copos. Num deles, que marcarão com a letra S (ou a palavra Sal), dissolvam uma ou duas colheres de sal. A seguir coloquem-nos no congelador. 24 horas depois verificarão que no copo com sal a água conserva-se no estado liquido. Por uma razão, elementar: - “O sal impede que as moléculas de água se liguem para formar cristais de gelo”.
Está frio em Portugal. Ou serei eu que…
Aparentemente menos gélido que o ambiente que o Eduardo Prado Coelho descreveu numa das suas mais recentes crónicas que diariamente (de segunda a sexta feira) publica n’ O Fio do Horizonte (Público), e na qual, a pensar decerto na mãe (Élis Regina) da jovem cantora, comentou que não se lembra de uma brasileira tão destituída de sensualidade como a Maria Rita. Que tiritou de frio, no palco do Coliseu (de Lisboa) – uma sala de espectáculos sem aquecimento –, durante a apresentação do seu Segundo trabalho discográfico. No final da crónica, o professor de semiótica afirma que (cito de memória) “Não conheço nenhum país tão frio como Portugal”.
O frio em Portugal, como os diferentes órgãos de comunicação social noticiam, tem provocado a queda de neve no interior do país, sobretudo nos distritos de Bragança e da Guarda. Onde as estradas ficam interditas ao trânsito, prejudicando a mobilidade das populações. Estradas que tardam a ser limpas por falta de meios mecânicos. No distrito de Bragança, de acordo com as notícias, foram improvisados limpa-neves colocando-se pás em viaturas de bombeiros…
Distrito onde, ainda na semana passada, alguns sectores da população – agricultores e ambientalistas, sobretudo – contestaram o espalhamento de sal nas estradas. A pretexto de a drenagem da água salgada para os terrenos envolventes provocar a salinização dos solos e das águas subterrâneas. E propuseram, como alternativa, o recurso a meios mecânicos…
No plano meramente teórico, admito que tenham alguma razão. Todavia, a aplicação de sal no pavimento é um bom método para se manterem as estradas transitáveis (e razoavelmente seguras). O sal evita a formação de gelo.
É do conhecimento comum que a 0º centígrados a água passa do estado líquido ao estado sólido. No entanto, nem toda a gente sabe (só porque ainda não se deteve um instante para reflectir) que a água poderá conservar-se no estado líquido a temperaturas negativas. Como sucede, por exemplo, nos oceanos das regiões polares. De facto, quanto maior for a percentagem de sal dissolvido na água, mais baixa será a temperatura a que a água congela.
Nas “Ciências da Terra para Jovens” (Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1993), Janice Vancleave apresenta uma experiência cuja realização proponho aos leitores mais cépticos do JSA.
Até metade do volume, vertam água em dois copos. Num deles, que marcarão com a letra S (ou a palavra Sal), dissolvam uma ou duas colheres de sal. A seguir coloquem-nos no congelador. 24 horas depois verificarão que no copo com sal a água conserva-se no estado liquido. Por uma razão, elementar: - “O sal impede que as moléculas de água se liguem para formar cristais de gelo”.
Está frio em Portugal. Ou serei eu que…
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Imagem recolhida em www.ipb.pt
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