Apesar de estar acompanhado por um dos meus filhos, quando transpus a porta de acesso ao Serviço de Urologia do Hospital de Santarém, pelo meio da manhã de segunda-feira (09/08/24), pareceu-me entrar noutro universo. Pairava.
Junto da cama que me foi indicada, sem ninguém me pedir, despojei-me da roupa quotidiana e vestí um pijama. Depois respondi ao questionário (para caracterização do meu perfil) de uma enfermeira, despedi-me do meu filho e sentei-me no sofá junto da janela, ampla, por onde me invadi(ria) para me prender à vida do outro lado.
Deverei ter adormecido. Pela tarde sucederam-se os exames, o saco de soro, a preparação para a cirurgia, a algaliação... No dia seguinte, a descida até ao bloco operatório, a anestesia –, e, depois do recobro, o regresso à enfermaria. Sob a vigilância, constante, das enfermeiras, todas jovens, afáveis e (muito, muito) generosas até na tolerância em relação ao meu comportamento que (embora involuntariamente) não terá sido sempre pacífico.
Progressivamente aproximei-me da linha de separação dos dois universos. Afinal apenas um, de um lado com doentes e do outro com profissionais de saúde – auxiliares, enfermeiros e médicos – que pareciam padecer connosco da dor e da angústia que nos atormentavam.
Uma semana depois de ter ingressado no hospital, quando (pelo amanhecer de 09/08/31) me libertaram da algália – “Respire fundo!”, recomendou-me a enfermeira -, a sensação de alívio trouxe-me uma renovada alegria de viver. E após a alta, pelo princípio da tarde (em 09/09/01), ao sair à rua fui inundado por um rio de luz…
Agora, em casa, em convalescença, apetece-me dizer – e digo-o, que me permitam os leitores do JSA – uma palavra de agradecimento, uma palavra banalíssima mas profundamente significante, a todas as pessoas (em particular às jovens enfermeiras do Serviço de Urologia) que me acompanharam e assistiram neste tempo de infortúnio: - Obrigado!.
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Ilustração: Fotografia - “Da cama, pela janela da enfermaria” - por Duarte d’Oliveira (09/09/01).
Junto da cama que me foi indicada, sem ninguém me pedir, despojei-me da roupa quotidiana e vestí um pijama. Depois respondi ao questionário (para caracterização do meu perfil) de uma enfermeira, despedi-me do meu filho e sentei-me no sofá junto da janela, ampla, por onde me invadi(ria) para me prender à vida do outro lado.
Deverei ter adormecido. Pela tarde sucederam-se os exames, o saco de soro, a preparação para a cirurgia, a algaliação... No dia seguinte, a descida até ao bloco operatório, a anestesia –, e, depois do recobro, o regresso à enfermaria. Sob a vigilância, constante, das enfermeiras, todas jovens, afáveis e (muito, muito) generosas até na tolerância em relação ao meu comportamento que (embora involuntariamente) não terá sido sempre pacífico.
Progressivamente aproximei-me da linha de separação dos dois universos. Afinal apenas um, de um lado com doentes e do outro com profissionais de saúde – auxiliares, enfermeiros e médicos – que pareciam padecer connosco da dor e da angústia que nos atormentavam.
Uma semana depois de ter ingressado no hospital, quando (pelo amanhecer de 09/08/31) me libertaram da algália – “Respire fundo!”, recomendou-me a enfermeira -, a sensação de alívio trouxe-me uma renovada alegria de viver. E após a alta, pelo princípio da tarde (em 09/09/01), ao sair à rua fui inundado por um rio de luz…
Agora, em casa, em convalescença, apetece-me dizer – e digo-o, que me permitam os leitores do JSA – uma palavra de agradecimento, uma palavra banalíssima mas profundamente significante, a todas as pessoas (em particular às jovens enfermeiras do Serviço de Urologia) que me acompanharam e assistiram neste tempo de infortúnio: - Obrigado!.
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Ilustração: Fotografia - “Da cama, pela janela da enfermaria” - por Duarte d’Oliveira (09/09/01).
3 comentários:
Não sabia! Espero que esteja bem melhor agoa.
Tio sempre que posso, venho aqui espreitar este "seu" blog.
Como sempre acompanho a sua condição através dos relatos que a minha mãe vai transmitindo e aproveito aqui a ocasião para desejar-lhe as melhoras.
Aproveito para acrescentar que simplesmente adoro a forma como o tio escreve e consegue transmitir o que lhe vai na alma.
Um abraço muito forte.
Para a colega, que se revela sob o manto de “Namaste”:
São as palavras dos amigos e dos colegas que animam o meu estado de saúde. Palavras como as suas – as que leio, aqui, mas também no seu irreverente “moleskine” virtual…
Para o Carlos Estanislau,
Carlitos: Precisamos de ver-nos. Para repormos as nossas conversas em dia… No Domingo (09/11/08) não foi possível. Mas haverá outros dias… Um abraço.
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