Com a melhor das intenções, há cerca de três semanas eu decidi substituir o equipamento informático e iniciar (intentar) uma outra ligação à Internet.
No estabelecimento que seleccionei para a transacção, a jovem que me atendeu e assistiu prestou-me afavelmente os mais diversos esclarecimentos.
Enquanto me acompanhou até à Caixa, propôs-se configurar os programas, os acessórios e a ligação à Internet. Agradeci-lhe a disponibilidade, mas, talvez por timidez (apesar de já me ter iniciado no outono da vida) mais do que por cansaço (ao longo do dia, o meu trabalho fora particularmente fatigante), dispensei a sua colaboração. No entanto, antes de nos despedirmos, a jovem (uma versão lusa e não-cinéfila de “A Rapariga com Brinco de Pérola”) insistiu e observou-me, com um sorriso benevolente: - “Se tiver alguma dificuldade, venha falar comigo…”.
Apesar de lidar com computadores há cerca de 40 (quarenta) anos, sempre enquanto utilizador – iniciei-me na área das telecomunicações, no domínio específico da criptografia, com caixotes volumosos e rolos de fita perfurada –, confrontei-me com tantas dificuldades que não me parecia que tivesse outra alternativa se não a de voltar àquele estabelecimento, para não prejudicar mais a actualização do JSA, e, sobretudo, as expectativas dos leitores.
Entretanto, porém, eu consegui resolver as dificuldades que defrontei. Mas perdi a oportunidade de rever a Scarlett Johansson...
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Ilustração: Fotografia recolhida em flickr.com
1 comentário:
Não é todos os dias que a Scarlett surge na blogosfera dedicada à Saúde Ambiental, o que, por si só, merece o elogio em forma de comentário.
A Rapariga com Brinco de Pérola não é, na minha óptica, o filme onde a senhorita mais se evidencia. Gostei mais de a ver naqueles cenários claustrofóbicos de megalópole japonesa em "Lost in Translation", da Sofia Coppola, ou na paisagem vitoriana do countryside inglês no "Match Point" de Woody Allen.
Mas onde melhor se percebe o talento precoce da criatura é num filme dos irmãos Coen, "The Man Who Wasn't There" (título português - "O barbeiro"). Numa dimensão nabokoviana, sentada ao piano num cenário preto-e-branco.
A não perder, Duarte!
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