“Público”, edição de Domingo (08/01/06).
No Editorial – “A moral pública da era Sócrates” – Manuel Carvalho escreve, referindo-se explicitamente à ASAE, que “se um dia se instalasse uma ditadura no país, já haveria uma polícia candidata a Pide”.
No Retrato da Semana, num artigo de opinião – “Sócrates e a Liberdade” – em que reflecte sobre a progressiva e sistemática intervenção do Estado no domínio da liberdade pessoal, António Barreto, corrosivo, depois de afirmar que “O primeiro ministro José Sócrates é a mais séria ameaça contra a liberdade, contra a autonomia das iniciativas privadas e contra a independência pessoal que Portugal conheceu nas últimas três décadas”, conclui, perguntando-se e perguntando, com uma aparente dúvida: - “Temos de reconhecer: tão inquietante quanto esta tendência insaciável para o despotismo e a concentração de poder á falta de reacção dos cidadãos. A passividade de tanta gente. Será anestesia? Resignação? Acordo? Só se for medo…”.
Num tempo socialmente perverso e de degradação dos valores referenciais, eu quero acreditar que seja só por medo. Um medo que se entranha e depois tolhe. E que é preciso, urge, que se combata.
Para não perdermos a liberdade de ser.
………………………
Ilustração: cartoon recolhido em Nova Esquerda.
No Editorial – “A moral pública da era Sócrates” – Manuel Carvalho escreve, referindo-se explicitamente à ASAE, que “se um dia se instalasse uma ditadura no país, já haveria uma polícia candidata a Pide”.
No Retrato da Semana, num artigo de opinião – “Sócrates e a Liberdade” – em que reflecte sobre a progressiva e sistemática intervenção do Estado no domínio da liberdade pessoal, António Barreto, corrosivo, depois de afirmar que “O primeiro ministro José Sócrates é a mais séria ameaça contra a liberdade, contra a autonomia das iniciativas privadas e contra a independência pessoal que Portugal conheceu nas últimas três décadas”, conclui, perguntando-se e perguntando, com uma aparente dúvida: - “Temos de reconhecer: tão inquietante quanto esta tendência insaciável para o despotismo e a concentração de poder á falta de reacção dos cidadãos. A passividade de tanta gente. Será anestesia? Resignação? Acordo? Só se for medo…”.
Num tempo socialmente perverso e de degradação dos valores referenciais, eu quero acreditar que seja só por medo. Um medo que se entranha e depois tolhe. E que é preciso, urge, que se combata.
Para não perdermos a liberdade de ser.
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Ilustração: cartoon recolhido em Nova Esquerda.