Passam-se hoje 25 anos sobre a data em que comecei a trabalhar em Saúde Ambiental.
Estou velho, mas não senil.
Então, no início da década de oitenta, o tempo era de construção. Desafiava-se a rotina, aventurávamo-nos por caminhos diferentes. Experimentávamos.
É óbvio que havia aposição. Com discursos velhos e relhos. Gastos. Que não resistiram à implementação de metodologias novas. De prestação de cuidados de saúde no âmbito da saúde pública; e da saúde ambiental.
As estatísticas de saúde demonstram que as opções terão sido as mais correctas.
Todavia, hoje, atravessamos outro período crítico. Por múltiplas razões. Sobretudo de natureza politica. Construíram-se muros, barreiras, obstáculos burocráticos que castigam as iniciativas individuais ou de grupo. As pessoas têm medo; e as que ousam sofrem as consequências disciplinares.
Não é uma questão geracional. É um problema de cultura social que radica numa praxis politica que restabelece (ou pretende restabelecer) conceitos de uma sociedade caduca.
Enquanto profissional de saúde, trabalhador na área da Saúde Ambiental, persistirei no trilho da Ecologia da Saúde – que sintetiza os Cadernos de Hipócrates – para prosseguir a minha caminhada nos domínios da prevenção da doença e na protecção e promoção da saúde.
25 anos depois, envelheci. Mas não estou senil.
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Nota final
Nesta data, não deverei esquecer o Tiago – António Manuel Caetano Tiago –, colega de curso, que iniciou a actividade de TSA no Centro de Saúde de Rio Maior na mesma data em que me apresentei no Centro de Saúde de Salvaterra de Magos. O Tiago, que, entretanto, faleceu em circunstâncias trágicas.
Se é certo que as pessoas só morrem quando desaparecem da memória dos outros, não é menos certo que a ausência do Tiago me magoa.
Nesta data, não deverei esquecer o Tiago – António Manuel Caetano Tiago –, colega de curso, que iniciou a actividade de TSA no Centro de Saúde de Rio Maior na mesma data em que me apresentei no Centro de Saúde de Salvaterra de Magos. O Tiago, que, entretanto, faleceu em circunstâncias trágicas.
Se é certo que as pessoas só morrem quando desaparecem da memória dos outros, não é menos certo que a ausência do Tiago me magoa.
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Ilustração: Imagem recolhida em http://www.mundocultural.com.br/index.asp?url=http://www.mundocultural.com.br/artigos/colunista.asp?artigo=862
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