Depois da bem animada troca de comentários publicados no Fórum de Saúde Ambiental, reconhecemos que o modelo de Requisição de análises de água para consumo humano aprovado pela Sub-Região de Saúde de Braga é efectivamente um documento exemplar. Exemplar na forma e no conteúdo.
Sem pretenderemos ser exaustivos, além das deficiências que são assinaladas no impresso divulgado pelas “Coisas” de Saúde Ambiental, nós apontamos as seguintes incorrecções e fazemos algumas perguntas que nos parecem pertinentes:
1. A observação entre parêntesis
Sob o título de Requisição de análises de água para consumo humano, observa-se entre parêntesis que a requisição é “Aplicável a colheitas efectuadas no âmbito da vertente analítica das acções de vigilância sanitária”.
A observação, cuja erudição não deverá ser menosprezada, parece-nos dispensável. Pretende ser rigorosa quanto à utilização do impresso mas não esclarece que colheitas deverão ser efectuadas porquanto, no “âmbito da vertente analítica das acções de vigilância sanitária”, poderão ser colhidos diferentes tipos de amostras. Por outro lado, gostávamos de conhecer o modelo de Requisição relativo a colheita de amostras no "âmbito da vertente tecnológica (...)".
Sem pretenderemos ser exaustivos, além das deficiências que são assinaladas no impresso divulgado pelas “Coisas” de Saúde Ambiental, nós apontamos as seguintes incorrecções e fazemos algumas perguntas que nos parecem pertinentes:
1. A observação entre parêntesis
Sob o título de Requisição de análises de água para consumo humano, observa-se entre parêntesis que a requisição é “Aplicável a colheitas efectuadas no âmbito da vertente analítica das acções de vigilância sanitária”.
A observação, cuja erudição não deverá ser menosprezada, parece-nos dispensável. Pretende ser rigorosa quanto à utilização do impresso mas não esclarece que colheitas deverão ser efectuadas porquanto, no “âmbito da vertente analítica das acções de vigilância sanitária”, poderão ser colhidos diferentes tipos de amostras. Por outro lado, gostávamos de conhecer o modelo de Requisição relativo a colheita de amostras no "âmbito da vertente tecnológica (...)".
2. Requisitante
Ao optar-se pelo SSPL em vez do CS, para se identificar a entidade requisitante das análises, a ortografia exige que local se escreva com L maiúsculo.
3. Código sisAGUA
Pelo menos 1/5 do espaço da Requisição é ocupado com a codificação do sistema de abastecimento de água e do ponto de colheita das amostras de água de acordo com o sisAGUA.
Para o registo daquelas informações há soluções mais eficazes. Por exemplo, o modelo de Requisição adoptado pela SRS de Santarém - um modelo que nos foi facultado por um TSA que exerce a actividade num CS daquela Sub-Região de Saúde.
4. Temperatura da água na altura da colheita - I
Nós admitimos que onde se escreve altura se pretendia escrever no momento. Apesar da taxa elevada de iliteracia funcional que se regista no país, nós acreditamos que se trata de um lapso que teria sido evitado se a elaboração da Requisição tivesse sido acompanhada por um profissional de Saúde Ambiental e/ou de Saúde Pública.
5. Temperatura da água na altura da colheita – II
Na mesma linha em que se pede o registo da temperatura em graus centígrados, solicita-se o registo do valor de PH. Como os profissionais de saúde sabem, a abreviatura do potencial de hidrogénio – pondus Hydrogenii – tem a seguinte redacção: pH.
Observamos que não se trata de um erro de ortografia.
6. Água desinfectante
Noutro local, no Fórum de Saúde Ambiental, nós já comentámos a aparente capacidade desinfectante da água do distrito de Braga. Agora, ao consultarmos o impresso, admitimos que se quisesse escrever água desinfectada para que a resposta na coluna do lado direito fosse Sim ou Não.
Na coluna do lado direito pede-se o registo do “Residual de Agente desinfectante (...)”, mas não se especifica se se trata de Residual Livre, Combinado ou Total. Outro lapso, decerto
7. Análises a realizar
Tratando-se de análises (nf), as regras da concordância estabelecem que se escreva Microbiológicas e Físico-Quimicas. Um lapso gramatical...
Por outro lado, se sabemos que análise não é sinónimo de avaliação, nós confessamos a nossa ignorância: não sabemos o que é uma Análise de Avaliação global.
8. Origem
Uma só pergunta: Origem de quê?
9. O Delegado de Saúde
Duas perguntas.
Uma: será que os DS que assinam a requisição ainda não detectaram os erros de ortografia, de sintaxe e técnicos que apontamos?
Outra: Ignoramos a razão porque é que são os DS a assinar as requisições. Se não se trata de um procedimento meramente administrativo – facto que é bastante discutível –, a aposição da assinatura será a ratificação dos elementos registados no documento. Nestas circunstâncias, nós perguntamos: assina, mesmo quando é um TSA a efectuar a colheita da amostra?
Não fomos exaustivos na análise critica do documento. Mas esperamos que as deficiências que apontámos sejam suficientes para que na SRS de Braga se decida rever a Requisição de análises de água para consumo humano. Sem dúvida, uma Requisição Imprópria..
1 comentário:
O modelo de requisição em uso na SRS de Santarém foi publicado na página “Coisas” de Saúde Ambiental, criada e gerida por Susana Daniel, TSA. Nesta página, clique em “Diário”.
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